Aos 22 anos, Cheryl Strayed achou que tivesse perdido tudo. Após a repentina morte da mãe, a família se distanciou e seu casamento desmoronou. Quatro anos depois, aos 26 anos, sem nada a perder, tomou a decisão mais impulsiva da vida: caminhar 1.770 quilômetros da Pacific Crest Trail (PCT) – trilha que atravessa a costa oeste dos Estados Unidos, do deserto de Mojave, através da Califórnia e do Oregon, em direção ao estado de Washington – sem qualquer companhia. Cheryl não tinha experiência em caminhadas de longa distância e a trilha era bem mais que uma linha num mapa.
Em Livre, a autora conta como enfrentou, além da exaustão, do frio, do calor, da monotonia, da dor, da sede e da fome, outros fantasmas que a assombravam. O livro traz uma história de sobrevivência e redenção: um retrato pungente do que a vida tem de pior e, acima de tudo, de melhor.
Minha opinião:
Livro bom, escrito com absoluta sinceridade, cativando-nos com a história comovente de Cheryl Strayed.
No princípio de sua caminhada, perdida interiormente, desolada pela perda da mãe, frustrada por não se encontrar, vemos que pouco a pouco, em contato com a natureza selvagem, com os percalços, sofrimentos e dificuldades da própria caminhada, Cheryl vai se transformando, amadurecendo, questionando-se e procurando entender sua vida.
Cheryl desnudou-se ao escrever esse livro. Uma caminhada de autoconhecimento por bem dizer. Uma amostra, num verdadeiro crescendo, de desolação, frustração, medo, perseverança, tenacidade, audácia, coragem, e humildade.
Por Eliane Mendonça
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