... E se incendeias meu cérebro,
Então te conduzirei no meu sangue (Rilke)

7 de jun. de 2016

Resenha: Erebos, o Jogo da Morte - Ursula Poznanski

A capa já me chamou atenção quando vi o livro e quando comecei a ler mais ainda. Praticamente devorei o livro, é uma trama muito bem escrita que envolve o leitor do início ao fim.

Narrado em terceira pessoa o livro da autora Ursula Poznanski tem como personagem principal Nick Dunmore, aluno de uma escola onde um misterioso CD é passado de mão em mão. Os alunos que vão recebendo os CD vão se tornando cada vez mais estranhos. Quando Nick recebe uma cópia de Erebos, descobre se tratar de um jogo o CD que está circulando em sua escola. É óbvio que ele fica curioso e resolve jogar, o que ele não esperava era que o jogo fosse extremamente interessante e diferente de tudo que já havia jogado.
"Os dedos de Nick escorregaram de cima do teclado. Isso era incomum, ou melhor, assustador. O jogo havia dado uma resposta coerente a uma pergunta aleatória. Talvez fosse uma coincidência."
Entretanto o jogo têm regras peculiares, como só poder jogar sozinho ou não poder falar sobre o jogo na vida real. Não é só isso, o mais estranho, no entanto, é que parte das missões são realizadas não no mundo virtual, e sim no real e o Mensageiro que aparece no jogo parece saber tudo sobre todos, assim o jogo ultrapassa as barreiras do virtual e se insere drasticamente na vida real. Quem viola essas instruções ou deixa de cumprir suas missões é eliminado e não pode iniciar outro jogo.

A cabeça do leitor vai entrar em parafuso, várias perguntas ficam a pairar no ar: como o jogo descobre as coisas sobre a vida dos adolescentes que estão jogando? Como saberá se eles estão mesmo seguindo as regras? E como ele responde questões totalmente aleatórias propostas pelos jogadores?
Um jogo que não se pode comprar. Um jogo que fala com você. Um jogo que te observa, te recompensa, te ameaça e te impõe tarefas. '— Às vezes eu acho que ele está vivo', Colin havia dito. Colin não era nenhum candidato ao Prêmio Nobel, mas ingênuo ele não era. Não, claro que esse jogo não está vivo. Mas ele era fora do comum. Até demais!
E quando as missões que Nick tem realizar se passam na Londres real, fora do jogo, tudo começa a ficar mais interessante!

Durante uma dessas missões Nick decide parar de jogar e começar a investigar o jogo, pois a missão que lhe foi destinada "passou dos limites". Só quando Nick é expulso de Erebos ele suspeita de algo por trás do jogo e do bastante seletivo "Circulo Interno".
"Começa sempre à noite. À noite eu alimento meus planos com escuridão. Se existe algo que eu possua em abundância é a escuridão. Ela é o chão onde florescerá o que quero cultivar."
O livro prende o leitor todo o tempo, a narrativa flui facilmente. Fiquei super curiosa com o final deste livro mas a autora pensou em tudo e fez com que a história tivesse um desfecho surpreendente. Quem gosta de jogos de computador vai adorar esse livro.
Por Bebendo Livros

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